sábado, 31 de março de 2012

Uma luta só!


Não sou fã de lutas de qualquer tipo, com exceção das encenações de luta livre que assitia na infância com meu pai.Entretanto, como mortal bombardeado por informações todo o tempo neste mundo, não fiquei imune à febre do UFC que invadiu o Brasil no último ano.
Logo de cara simpatizei com o Anderson Silva, o Spider dos gringos. O cara, apesar de toda a pancadaria que propicia nos combates, parece gente boa: tem uma voz engraçada e defende causas nobres, como o combate à homofobia e, apesar do caminhão de dinheiro que deve estar ganhando, mantém uma postura muito tranquila, como deve (ou deveria!) ser a de um atleta.
Em fevereiro, o lutador me surpreendeu com uma melhor ainda.
O cara esteve na tribo dos Kamaiurá, no Xingu, para conhecer as técnicas do Huka-Huka, luta milenar praticada pelos índios e uma das principais atrações das festividades do Kuarup.
Na maior humildade, foi "finalizado" pelos lutadores indígenas até pegar o jeito, ensinou técnicas de MMA e também trouxe consigo novas idéias para usar no octógono, o ringue do antigo "Vale-tudo".
A imagem é linda, seja para um historiador, para um antropólogo ou para qualquer brasileiro que minimamente conheça a História do seu país:
Um negro que vai à selva para aprender as técnicas indígenas para lutar nos ringues do mundo.
Isso te parece familiar?
Deve ser porque fizeram a mesma coisa em Palmares, há mais de trezentos anos.
Zumbi sabia das coisas! Anderson também!

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